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T VIRTUAL VII 13- To Be Needed

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Mensagem  mara Ter Fev 24, 2009 10:02 am

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postando pela Myriam:

VII – 13 - TO BE NEEDED

PARA SER NECESSÁRIO


“Existe algo importante para ser feito, que não será feito,

A menos que você o faça.

Lembre-se de que você é necessário.”

Ditado da Nova Terra - Autor Desconhecido

CY 10221





Andrômeda apareceu na tela principal da Ponte e fez seu relatório. Ela informou a Dylan que os sistemas de armamentos estavam off-line, o que fez o Capitão virar-se para Harper e perguntar o que acontecera. O engenheiro logo entrou num dos conduítes, e disse que ia verificar.

Dylan voltou-se para Beka, e perguntou se ela podia saltar em turbilhão, e a resposta foi negativa. O portal estava sendo bloqueado com as naves inimigas.

Eles estavam ao largo do Sistema Enkindu, ao qual foram chamados para repelir um ataque dos Drago-Kazov.

Mal disse essas palavras, e a grande nave foi repentinamente sacudida por uma barragem de fogo que atingiu o casco. Tudo e todos que não estavam agarrados a alguma coisa caíram. Andrômeda recuperou-se do choque, apenas para estremecer novamente, atingida por outra barragem.

Dylan gritou, acima do rugido dos sistemas que protestavam enquanto faíscas voavam por toda parte, para Beka executar uma manobra evasiva, quando Andrômeda foi atingida uma terceira vez.

A IA relatou que havia uma ruptura no casco, e que já estava executando os reparos. Com uma apreensão estampada no rosto, Dylan quis saber se a tripulação estava bem. Felizmente, não havia feridos, e ele respirou aliviado.

Batendo o punho no console, ele chamou Harper, e perguntou como iam os reparos com as armas. O engenheiro respondeu que ainda não concluíra. Dylan instou-o para que trabalhasse mais rápido, embora soubesse que Harper já estava fazendo o melhor que podia.

Outra descarga atingiu a nave, e Rhade, olhando para Dylan, disse que se não estivessem logo em condições de se defender, não iam durar muito ...

Dylan virou-se para o Nietzschean, replicando que sabia disso, enquanto fazia o possível para controlar os escudos defletores, ao mesmo tempo em que tentava ele mesmo reativar os sistemas de armamentos.

Depois do que pareceram horas, Harper finalmente anunciou que a central de armas estava novamente on-line. Dylan ficou satisfeito, e disse que queria ver agora como aqueles fanfarrões iam “segurar a onda” das baterias de Andrômeda. Ele virou-se para Rhade, ordenando que abrisse fogo, e fez questão de se colocar ao lado do Nietzschean, para comandas ele mesmo alguns canhões.

Daquela vez, os atacantes experimentaram todo o poder de fogo da Andrômeda, e uma boa parte da frota foi completamente aniquilada. As naves remanescentes, vendo que não havia escapatória, abriram um portal de turbilhão e mergulharam, desaparecendo dali.

Ao sair do conduíte, Harper ainda pode ver, na tela principal, o portal aberto. Ele sorriu. Todos sorriram e se cumprimentaram. A valorosa Andrômeda Ascendant sobrevivera a outra batalha!Dylan quis saber se havia sobreviventes, e a IA lhe informou que duas naves não conseguiram saltar, e tinham ainda ocupantes vivos. Ele ordenou que as rebocassem, e disse a Rhade que reunisse um pelotão de Lanceiros e fosse receber os visitantes. Mas, recomendou que não fosse hostil.


Última edição por mara em Ter Fev 24, 2009 10:42 am, editado 3 vez(es)
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Mensagem  mara Ter Fev 24, 2009 10:03 am

Ele queria saber algumas informações. Bem, e certamente os líderes de Enkindu ficariam felizes em poder interrogá-los também ...

Beka fez uma careta. Ela achava que não deviam dar muita confiança a eles, mas Dylan replicou que eles estavam agindo daquela maneira por puro desespero, pois buscavam um lar. Só que não podiam sair por aí, saqueando e matando ... certamente pensavam que havia locais disponíveis naquele sistema. Dylan sabia, que os Nietzscheans Drago-Kazov eram muito orgulhosos para pedir ajuda, mas estava disposto a dar-lhes assistência, já que tinha conhecimento de que a população deles estava declinando rapidamente. Beka meneou a cabeça. Ela achava um absurdo que os Drago-Kazov se recusassem a aceitar que o Universo mudara, e que eles tinham que se adaptar, como o fizeram tantos outros povos. E acrescentou que eles deviam a Brendan, o primo de Harper, mais essa, pois o jovem sempre conseguia rastrear os Dragans. Ela o admirava, e não tinha idéia de como ele fazia isso. Muito menos Dylan. Ele só sabia que o “Serviço de Inteligência” ali era bastante eficiente ...

Harper, de seu console, ouvia a conversa. Ele sabia que Dylan conhecia Brendan, e jamais revelaria o “segredinho” dele, nem mesmo para Beka. Ele sorriu, cumprimentando Dylan e Beka, e se retirou da Ponte, a caminho da Engenharia para organizar seu pessoal nas operações de reparos.

Mais tarde, após concluídos os reparos da nave, Harper foi para a Cantina, onde Dylan o encontrou. O jovem informou que tudo correra bem, e que a nave estava nova em folha. Dylan comentou que a IA lhe informara que o engenheiro estivera na interface durante muito tempo, e perguntou se ele estava bem. Harper sorriu – Dylan sempre se preocupava com ele – e disse que só viera tomar o desjejum. Dylan sorriu também. Aquele rapaz merecia outra medalha ... ele pôs uma mão no ombro do outro, e disse que fizesse um desejo, e, se estivesse ao seu alcance, lho realizaria. Harper arregalou os olhos, e brincou com o Chefe, perguntando se esses “poderes de Paradine” não lhe subiram à cabeça, ao que Dylan respondeu com uma sonora gargalhada. Muito engraçado!

Então, Harper ficou sério. Pediu permissão para ir para Nova Terra, pois queria visitar seu primo Brendan e seu velho amigo Rev Bem, que estava naquele planeta. Dylan concedeu de bom grado, e disse que, como era um desejo muito fácil, ele também pretendia dar-lhe uma medalha pelos excelentes serviços que vinha prestando a bordo. O engenheiro ficou muito satisfeito e agradecido.

A caminho da Engenharia, ele encontrou Beka, e lhe contou as novidades. Beka ficou muito feliz por ele.

Um par de saltos depois, a Andrômeda já se aproximava de Nova Terra, e Dylan abriu um canal de comunicação com seu velho amigo. O monge Magog ficou agradavelmente surpreso ao vê-lo, e feliz por receber a visita de Harper. Rev convidou Dylan para descer também, mas o Capitão disse que ainda tinha algumas tarefas em Enkindu, e que retornaria dali a duas semanas para buscar o engenheiro. Ele despediu-se de Harper, com recomendações a seus amigos, e assim que o Slipfighter deixou o hangar com destino à superfície, a Andrômeda retornou a Enkindu.

Ao descer no espaço-porto, Harper foi recebido por seu primo, que ficou muito feliz em revê-lo.

Rev recebeu-o com alegria, juntamente com seu colaborador, o também monge Duran, o Tharg. Brendan disse que estavam passando por tempos difíceis com os colonos, mas Harper lhe disse que estava ali, e poderia ajudar naquilo que estivesse ao seu alcance. Ele perguntou como iam as coisas, e Rev lhe contou tudo, desde o começo, enquanto se encaminhavam para um grande galpão que servia de abrigo coletivo.

Quando terminou a formação da Nova Terra, Brendan, Duran e ele próprio foram os primeiros seres a pisar nela. A Comunidade deixara algumas equipes de engenheiros para construir a estrutura básica de um núcleo populacional, como espaço-porto, abrigos, granjas, escolas, armazéns e um hospital.
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Mensagem  mara Ter Fev 24, 2009 10:03 am

Haviam plantado jardins e hortas, e tudo ia muito bem. Quando os primeiros escravos recém-libertados chegaram, e foram recebidos por um Tharg e um Magog, naturalmente ficaram um pouco apreensivos, mas com bondade e paciência, aos poucos passaram a confiar neles. Principalmente com a ajuda de Brendan. Na verdade, eles não sabiam se teriam conseguido sem ele. A maioria dos ex-escravos estava fraca, subnutrida e havia muitos feridos, e sua auto-estima encontrava-se bem abatida. Rev tinha certeza de que poderia ajudar aquelas pessoas a resolver seus problemas.

Então, Harper o interrompeu, comentando que não vira ninguém. O Magog continuou.

A Comunidade enviava uma nave de suprimentos a cada mês, com tudo de que precisavam – alimentos, vestimentas, medicamentos – e aos poucos, foram se fortalecendo novamente. E passaram a se envolver também no trabalho. Alguns lidavam nos campos, e outros, nas docas de carga do espaço-porto.

Harper estreitou os olhos. Estavam trabalhando? ... E viviam em barracas de campanha? ... Então, eram simplesmente escravos melhorados! Era isso? ...

Rev deu de ombros. Muitos sentiam-se assim. Mas não fora essa a intenção da Comunidade, e sim, de criar um lugar onde pudessem desenvolver sua própria civilização.

Harper quis saber se ainda havia engenheiros ali, e o monge respondeu que já tinham deixado o planeta, logo após a construção da infra-estrutura. Mas, a Comunidade estava presente ali, controlando praticamente tudo. Mas aquele tipo de “tutela” já não estava agradando muito a Rev, Duran e Brendan. Harper achou estranho, mas Brendan lhe disse que eles ainda precisavam da Comunidade, pois não tinham bastante recursos naturais ou materiais para construir qualquer coisa sem ela.

Harper então lhes disse que deviam contar a eles do que precisavam de verdade. Independência com esse tipo de “ajuda” não era uma boa coisa ... deviam mostrar a eles do que aquelas pessoas eram capazes!

Então, os trabalhadores começaram a retornar de suas atividades, e chegavam em grupos para o descanso do final do dia. Depois da refeição, e enquanto ainda estavam ali reunidos, Harper pediu a palavra e fez um breve discurso sobre trabalho, dignidade e cidadania, e murmúrios correram entre os presentes. Harper bem que queria ficar para acompanhar o que aconteceria a seguir, mas Rev lhe disse que era melhor deixá-los para discutir entre si, para que não ficassem retraídos com a presença do visitante. Os quatro amigos, então, retiraram-se respeitosamente.

Harper estava muito agradado com o ambiente, disse que era a Terra com que sempre sonhara. Ele e Brendan não chegaram a conhecer o planeta natal em sua beleza original, pois haviam nascido já na fase de extrema degradação em que se encontrava. Só conheciam da História. Mesmo assim, haviam aprendido a amar sua Pátria. Rev sorriu. Sim, era uma beleza. E um milagre. Mas esse milagre viera do Divino. Ele havia escolhido a tripulação da Andrômeda para fazer tudo aquilo acontecer.

A Natureza ao redor deles era exuberante. Eles ouviam grilos cantando na vegetação rasteira, pássaros entre as árvores, e rãs nos brejos além. Aquilo era música para os seus ouvidos. E o Motor da Criação fizera tudo aquilo. Vida.

O único problema ali, agora, eram as pessoas. Elas precisavam se ajustar ao novo lar, aprender a lidar com ele sem depender de ninguém ... embora a Comunidade sempre pudesse prestar-lhes ajuda em caso de situações mais graves, como guerras, invasões, epidemias ou catástrofes naturais. Na verdade, o fator humano sempre fora a parte instável de todo o Universo.

Com sua natural sabedoria, Rev disse que a palavra-chave era paciência. Ele nunca aprovara a violência, e certamente não seria essa a solução para a questão. Harper também sabia disso. Ele achava que poderiam resolver a situação perante a Comunidade com um pouco de ... diplomacia. O Magog olhou para ele admirado ... logo ele, falando em diplomacia ...? Ele ficou feliz em ver que o jovem engenheiro da Andrômeda havia crescido. Sorriu. Certamente, seu velho amigo Dylan tinha algo a ver com aquilo ...

Mas Harper apressou-se a dizer que não conhecia muito de diplomacia. Ele só estava cansado de lutar e matar. Acreditava que a Paz era a solução, e a vinha apoiando há muito tempo. Mesmo que precisasse de ajuda.
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Mensagem  mara Ter Fev 24, 2009 10:04 am

Duran ouvia atentamente. Ele concordava com tudo que Harper dissera, mas não estava certo de como começar a trabalhar nesse sentido. O que sugeriam? Será que poderiam conseguir que a Comunidade os ouvisse? Ou ouvisse aquele povo?

Harper disse que deviam traçar um projeto, apresentá-lo ao povo, fazendo-os ver o quanto era importante se criar uma maneira de administrar a colônia, e estimulá-los a eleger seus próprios representantes. Feito isso, eles poderiam levar o projeto à Comunidade, e, embora soubessem que podia levar algum tempo, esse seria o procedimento correto para se tornarem um povo independente.

Rev reconhecia que era uma tarefa grande ... mas, por onde começariam? O engenheiro sorriu, lembrando-se do que Dylan sempre dizia, e respondeu que podia não ser fácil ... mas a primeira coisa a fazer era descobrir o que o povo queria. Como? Perguntando a eles, ora!

Talvez, ajudá-los a listar os pontos mais importantes por ordem de prioridade. Poderiam tentar no dia seguinte, pela manhã, antes das pessoas saírem para suas atividades rotineiras.

Rev ainda estava um pouco preocupado, mas Harper, pousando-lhe a mão no ombro, disse que detestava ter que dizer logo a ele ... que tivesse fé. E sorriu, encorajando-o. O velho monge sorriu em resposta, e anuiu. Ele devia confiar no Divino. E colocar mãos à obra.

Assim, naquela noite, os quatro amigos se reuniram para elaborar uma mensagem que seria colocada no quadro eletrônico de avisos, para que todos pudessem ter acesso. Combinaram que Brendan faria as apresentações, e o discurso inicial, assim que o povo estivesse reunido.

A estratégia deu resultado. Na manhã seguinte, havia um grande número de pessoas reunidas no galpão principal do povoado. Brendan então subiu no tablado e começou a falar. Todos o ouviram em silêncio, e quando ele terminou, um homem no meio da multidão se levantou e pediu a palavra. Ele disse que uma “lista de necessidades” parecia uma solução um tanto infantil, e que achava que o que deviam fazer era expulsar a Comunidade dali. Quando eles tivessem ido embora, tudo ficaria mais fácil, e eles poderiam se virar sozinhos. Brendan ergueu a mão, e disse que sabia que havia esse desejo, mas também sabia que a maioria ali reconhecia ainda precisar da Comunidade. Os suprimentos os mantinham vivos. Entretanto, em vez de simplesmente aceitar o que lhes era enviado, que tal se pudessem eles mesmos dizer do que precisavam? A lista era apenas um ponto de partida ... podiam fazer algo mais bem elaborado, e era preciso que escolhessem entre eles aqueles que os representariam nessa tarefa. Ninguém pretendia saber de cara todas as respostas, mas, com certeza, várias cabeças pensavam melhor do que uma ou duas, e juntos encontrariam a melhor solução.

A maioria aplaudiu. Uns poucos, a um canto, murmuravam alguma coisa, mas Brendan continuou, dizendo que pensassem bem no que tinha sido exposto, pelo tempo que quisessem. Assim que tivessem chegado a um consenso, que procurassem Rev, para registrar tudo no computador. Assim, todos podiam consultar se o desejassem. Eram uma sociedade pacífica, afinal. Ninguém ali aprovava a violência ... haviam tido o bastante no passado.

Outro aplauso. Então a multidão se dispersou, e as discussões começaram. Um dos primeiros desejos que as pessoas tinham era deixar os campos. Harper se seus amigos se retiraram, deixando que o povo resolvesse por si o que achasse ser melhor.

No dia seguinte, bem cedo, eles já estavam de pé ... e quando perceberam a movimentação das pessoas, correram para consultar o registro. E descobriram que haviam sido colocados três pontos principais: moradias individuais, acesso a certas tecnologias e eleger seus próprios líderes. Listaram também trabalhar com as atividades para as quais forem treinados, e serem auto-suficientes. Harper e os outros ficaram satisfeitos com aquele resultado. Aquelas pessoas eram razoáveis, e só queriam viver em paz. E eles concordavam com isso.

O primeiro ponto importante, sem dúvida, era a eleição das lideranças. Depois de muito debaterem, chegaram a três sugestões: haveria um grupo de seis pessoas, uma espécie de Conselho, ou um Parlamento, ou então um Triunvirato.
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Mensagem  mara Ter Fev 24, 2009 10:04 am

Na reunião seguinte, fez-se uma votação, e a proposta vencedora foi o Conselho de Seis, e exercer a liderança por cinco anos. Várias pessoas sugeriram nomes, e três dos novos Conselheiros fora, Rev, Brendan e Duran. Outro homem foi selecionado, e depois duas mulheres.

Foram também propostas algumas leis, entre as quais a total eliminação da condição de escravos – já àquela altura mais um estigma do que uma realidade – desde o nascimento. Todos seriam livres cidadãos de Nova Terra.

À medida em que os demais pontos eram colocados em discussão, Harper se mostrava um pouco preocupado com um pequeno número de descontentes, que poderiam causar problemas, e achava por bem ficar de olho neles.

Certa noite, o engenheiro seguiu três deles sub-repticiamente, e de uma distância segura e sem ser visto, ficou a escutar o que falavam. E soube que eles tinham planos de capturar alguns membros da Comunidade assim que viessem para a conferência final, e mantê-los como reféns até que cedessem às suas exigências. Eles combinaram então apanhar suas vítimas enquanto dormiam, e o fariam naquela mesma noite.

Harper ouviu tudo, e já estava planejando um “contra-ataque”. Ele iria a todos os cidadãos da Comunidade residentes na colônia, e os avisaria, um a um. Em seguida, ele reuniria um pequeno grupo de amigos seus e montariam uma emboscada para pegar os seqüestradores em flagrante.

E assim foi feito. Ele visitou todos os membros da Comunidade e conversou sobre o plano de seqüestro, e disse a eles para irem ao Centro de Comunicações, um de cada vez, para não alertar os bandidos.

Depois disso, Harper retornou aos alojamentos de Rev e contou o que acontecera. Todos ficaram preocupados, pois abominavam toda e qualquer forma de violência. E elogiaram o jovem engenheiro da Andrômeda pelo seu plano. Eles se dividiram, ficando parte para proteger a delegação da Comunidade, no Centro de Comunicações.

Duran ficou curioso, e perguntou a Harper como ele pensava que iria acontecer aquele seqüestro. Harper sorriu maliciosamente em resposta, e disse que “tinha um faro especial para detectar conspirações”. Tanto Brendan, como Rev e Duran abraçaram Harper e lhe deram os parabéns pela sua astúcia. O Conselho decidira que levaria os conspiradores para a tenda de Rev, onde seriam mantidos até que fossem devidamente punidos.

Agora, só lhes restava esperar. O tempo se arrastava ... Harper ficou pensando onde os seqüestradores poderiam esconder suas vítimas, e se lembrou de uma certa caverna. Correu para lá.

De repente, algo inesperado aconteceu ... o líder dos conspiradores entrou na caverna, seguido por um grupo numeroso. Harper não esperara por aquilo. E agora? ...

O líder então começou a enviar os grupos, cada qual com destino a uma vítima. O plano dele era simples: ele estava organizando não apenas um seqüestro, mas um golpe para tomar o poder!

Aquilo significava que haveria novamente escravidão ... puxa, aquele camarada tinha um ego do tamanho do planeta! Harper tinha que fazer alguma coisa, e rápido!

Ele esperou que todos saíssem da caverna. Dois integrantes permaneceram lá dentro, e reuniram lenha para acender uma fogueira. Após algum tempo, os grupos retornaram, e reuniram-se ao redor da fogueira. Durante o burburinho, Harper saiu do seu esconderijo e se aproximou do líder por trás. Num movimento rápido, ele agarrou o homem e encostou-lhe a arma nas costelas, dizendo a todos para largarem as armas, pois seu plano tinha sido descoberto e falhara. Ninguém se atreveu a reagir, com receio de ver seu líder morto. Harper, então, levou o sujeito, cujo nome era Myosin, à presença do Conselho, na casa de Rev Bem, o Magog.

Quando ele chegou lá, os outros conspiradores, devidamente cativos, já estavam no local.Os membros do Conselho ficaram aliviados, pois Harper resolvera tudo sem violência. Os membros da Comunidade que teriam sido as vítimas, também estavam lá, e logo chegaram Duran e Rev. Eles estavam gratos porque a maioria do povo não concordava com os planos e as atitudes de Myosin.
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Mensagem  mara Ter Fev 24, 2009 10:05 am

E ficaram, na verdade, bastante satisfeitos com o rumo dos acontecimentos. Explicaram que aquilo era o que eles estavam esperando, mas tiveram que aguardar que a iniciativa partisse do seio do próprio povo.

Então, Conselho Local expôs os desejos das pessoas, e suas reivindicações foram aceitas sem dificuldades, uma vez que a Comunidade tinha exatamente os mesmos objetivos.

Um dos membros desta, então, perguntou o que seria feito dos conspiradores. O Conselho explicou que iria se reunir na manhã seguinte, para decidir essa questão.

Assim, no dia seguinte, reuniu-se o Conselho para deliberar sobre o destino dos conspiradores. Havia duas opções para eles: permanecer presos pelo período de um ano, ou ser expulsos do planeta, pelo mesmo período. Os próprios prisioneiros escolheram – eles preferiam cumprir sua pena em reclusão. E assim foi feito.



Depois de todos esses acontecimentos, Harper foi considerado um herói por aquele povo. Chegaram a convidá-lo para fazer parte do Conselho, mas o jovem, profundamente emocionado e honrado, delicadamente recusou, pois tinha sua função na Andrômeda, onde era Chefe da Engenharia, e Dylan e os outros precisavam dele.

O povo ficou um pouco desapontado, mas compreendeu. Harper lhes disse que Brendan, seu primo, seria um ótimo Conselheiro, e que eles estariam em boas mãos com ele no grupo. Ele bem que gostaria de ficar, mas o dever falava mais alto.

No dia seguinte, receberam uma mensagem da Andrômeda. Vieram buscar Harper. Dylan e Beka iam descer na Maru. E quando a pequena nave aterrissou, lá estava toda a equipe, e Harper ficou feliz em rever os amigos.

Dylan ficou impressionado ao saber o que seu engenheiro tinha feito por aquele povo. Andrômeda tinha participado de outras batalhas durante a ausência de Harper, e havia alguns pequenos danos, mas nada que o “menino-prodígio” não pudesse resolver.

O momento da despedida dos amigos foi mais difícil para Harper do que ele esperava. Dylan notou isso, e resolveu abreviar a permanência na superfície. Depois de se despedirem de seus velhos amigos Rev Bem e Duran, todos embarcaram na Maru e partiram.

Andromeda ficou também muito “feliz” em rever o “seu” Harper, pois, segundo ela, sua equipe era muito eficiente, mas ninguém sabia cuidar dela como ele.

Ao que Harper replicou, sorrindo, que ele jamais a abandonaria ... jamais abandonaria seus velhos companheiros. Era bom estar de volta ao lar. E, com uma piscadela, ele pegou um cabo de dados, disse que ia ver o que havia de errado com ela. No instante seguinte, estava a caminho da interface ...







Caros Leitores,

Devido a circunstâncias imprevistas, é com grande pesar que Amanda, Inara, Iris e Tashira têm que anunciar que “Andrômeda Virtual – Temporada VII” chegou ao fim. As duas temporadas foram um “estouro” e nós gostaríamos de aproveitar essa oportunidade para agradecer por todo o seu apoio e encorajamento durante esses últimos 15 meses.

Foi uma grande empreitada, e sem vocês, não teria sido a jornada que foi.

Mais uma vez, obrigada!



-- Amanda, Inara, Iris e Tashira
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Mensagem  Myriam Castro Ter Fev 24, 2009 12:11 pm

Este episódio foi muito interessante ... ele revelou um talento surpreendente de Harper.
Na verdade, essa atitude do jovem engenheiro, foi fruto das sementes que Dylan plantou no caráter dele e dos outros, desde que começaram a navegar com ele.
Deve ter sido motivo de muito orgulho para Dylan, ver um de seus "filhotes" contribuir em uma causa tão nobre.

Quero aproveitar para agradecer a todas pelo carinho com que leram esses maravilhosos episódios virtuais. Foi para mim, muito gratificante trazer para o nosso Fórum o trabalho daquela excelente equipe.
Valeu, pessoal!
E eu continuo aqui, agora na postagem da saga, e também nos "Detalhes Interessantes". Até breve!
Myriam

P.S. O que mais eu posso dizer ...?
Bem ... só que fiquei com gostinho de "Que pena, eu queria mais!"
Myriam Castro
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Mensagem  mara Ter Fev 24, 2009 12:23 pm

Myriam, concordo plenamente com você. Dói meu coração não poder ler mais episódios.
Se você tiver alguns dos livros, talvez você possa fazer um breve resumo deles pra gente, que tal?
Como você vê, continuo abusando...Deus te abençoe, querida!:good: :kiss:
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Mensagem  Convidad Ter Fev 24, 2009 4:29 pm

Obrigada às autoras e a ti, Myriam!T VIRTUAL VII 13- To Be Needed 193717

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